Mais um debate sobre a Ota na RTP1. Moderação de Dona Fátima. Não gosto do estilo mas como não temos alternativa lá vamos ouvindo.
Presentes em estúdio: Eduardo Catroga; Augusto Mateus; Jorge Gaspar e Nunes da Silva.
Eduardo Catroga, veio clarificar o discurso de Cavaco Silva. É preciso uma pausa, calculada em seis meses, no sentido de clarificar o processo de decisão e garantir que existem pelo menos duas alternativas de forma a ser possível medir o impacto custo-benefício de cada uma delas. É isto a que Cavaco Silva chama o amplo consenso (porventura o mesmo que utilizou para construir a Ponte Vasco da Gama contra os defensores da Ponte Chelas- Barreiro ou o CCB). A sua intervenção foi positiva nos pontos em que chamou a atenção para os futuros planos de expansão, bem assim como os custos de acessibilidades. A ideia de haver um conselho de sábios para estudar parece uma ideia sem muito sentido.
Augusto Mateus esteve bem. Conhece os dossiers e sabe do que fala. Os aeroportos não são meros locais onde aterram aviões. O conceito de cidade aeroportuária é um conceito que nos coloca no meio da globalização e não na sua periferia. A construção de um novo aeroporto é fundamental para o país, mas é também uma questão europeia, porque nos coloca numa situação concorrencial com os outros países europeus. Não se comprometeu com a Ota, mas diz que estamos atrasados. Temos que andar depressa.
Jorge Gaspar é um dos melhores geólogos portugueses conhecendo como ninguém o país. Claramente favorável à Ota. Explicou as razões demográficas que conduzem à instalação do aeroporto na Ota.
Nunes da Silva, sem relevância para o debate.
Conclusões finais: Já não se discute a manutenção do aeroporto da Portela. Todos dizem que a solução Portela chega ao fim em 2017. As acessibilidades são um factor fundamental para mantermos a nossa competitividade. Manter taxas de aeroporto baixas também é fundamental. Os consensos são desejáveis mas não podem paralisar os processos de decisão.
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