Sem limites

A Assembleia Nacional da Venezuela aprovou por maioria esmagadora uma proposta de emenda constitucional que permitirá que o presidente Hugo Chávez concorra à reeleição sem limite de mandatos.
O caminho para o socialismo não pode ser travado. Chávez deve ser reeleito presidente vitalício da Venezuela. Depois da emenda ser aprovada, o passo seguinte será acabar com as eleições. São caras e não acrescentam nada.

Quem disse?

“Se permitirem que a oligarquia volte a governar, talvez envie tanques para defender o governo revolucionário”.
A revolução continua…com o Magalhães ou mesmo contra ele.

Ainda as FARC

A 27 de Maio, o secretário-geral do Partido Comunista da Venezuela, Óscar Figuera, confirmou a existência de uma «aliança estratégica» entre aquele partido político e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
Para o PCP o PC da Venezuela deve ser um partido irmão.

António Pinho

O ministro da economia está na Venezuela. Como não foi buscar o embaixador dos Estados Unidos, o que foi lá fazer?

Pode ver aqui o que levou o nosso ministro à Venezuela.

Fumar ou não fumar

Fumar ou não fumar foi a grande questão da semana. Já sabíamos que o primeiro-ministro fumava e também já sabíamos que o PR não fumava.

Ficamos a saber que o primeiro-ministro sempre fumou nos voos fretados pelo governo, e nunca ninguém disse nada, até a jornalista do Público ter abordado o assunto. Agora ficamos também a saber que o PR nunca deu pelo facto de fumarem nos voos fretados pela presidência.

O primeiro-ministro pediu desculpa por ter fumado e, acrescentou que vai deixar de fumar (será autopunição?).

Andávamos nós aqui entretidos com a questão do fumo, que este não nos deixou ver o que Portugal ganhou com esta viagem do primeiro-ministro à Venezuela.

Ficamos, então, à espera que alguém nos diga o essencial desta visita.

Tabaco

"De um momento para o outro, a visita oficial à Venezuela ficou reduzida a um maço de tabaco", Constança Cunha e Sá no Público.

Também acho que há coisas mais importantes nesta visita de Sócrates à Venezuela, embora o jornal onde a Constança escreve pense exactamente o contrário.

Os Simpsons

O presidente Hugo Chávez, por intermédio do Órgão Regulador das Transmissões de Televisão, resolveu retirar da televisão Televen a série Os Simpsons.

A razão é muito simples: "... a má influência que os desenhos animados amarelos podem ter nas crianças.".

Eu penso que quem deveria retirar-se era Hugo Chávez, pela sua péssima influência sobre todos os venezuelanos.

Petróleo por comida

A Venezuela poderá vender a Portugal petróleo, que Lisboa pagará com bens e serviços, nomeadamente leite, revelou hoje à agência Lusa o ministro de Energia e Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez.

Aqui está a formula de petróleo por comida.

Esta não

Ó pá esta não. Não, não é a notícia sobre a polícia anti-terrorista (ASAE), mas sim o possível romance entre Chávez e Naomi. A esta eu não resisto.

Cosequências da derrota do Não na Venezuela

Para los cubanos, la derrota de Chávez puede tener serias implicaciones económicas y hasta políticas. Cuba mantiene un intercambio de bienes y servicios superior a los 7 mil millones de dólares, en condiciones muy favorables. Venezuela se ha convertido en una nueva Unión Soviética para la destruida economía cubana. Una relación que se ha basado fundamentalmente en estrechos vínculos ideológicos que de cortarse, tendría una repercusión dramática en la ya paupérrima sociedad antillana.

A derrota de Chávez terá consequências em Cuba, e na ilha já há quem faça contas.

Normalização à vista?

El príncipe Felipe, heredero de la Corona española, podría entrevistarse informalmente con el presidente Hugo Chávez, durante la toma de posesión de la presidenta argentina, Cristina Kirchner, el 10 de diciembre, indicaron hoy fuentes diplomáticas.

"Me han pedido que reciba en Buenos Aires al príncipe de Asturias, que me trae un mensaje personal del rey. Lo voy a recibir porque yo soy un caballero", afirmou Chávez.

Parece que as relações entre Espanha e a Venezuela estão a tender para a normalização, a menos que Chávez mande calar o príncipe.

Vamos esperar até 10 de Dezembro para confirmar.

Chávez ligado à sanita

"Foi uma vitória de merda e a nossa uma derrota de coragem", afirmou Hugo Chavez num discurso pronunciado no Palácio presidencial de Caracas e transmitido pela televisão oficial VTV.

Já aqui o disse e volto a repetir: Em democracia por um voto se ganha e por um voto se perde. O presidente da Venezuela continua sem entender este princípio.

Venezuela. E agora?

Depois do Não ter ganho o referendo constitucional, o mesmo equivale por dizer que Chávez perdeu as suas primeiras eleições, qual o futuro político da Venezuela?

Devemos ter os olhos abertos para alguns protagonistas:

O general Raúl Isaías Baduel, ex-ministro da Defesa de Chávez, que fez campanha pelo Não, considerando este referendo como um golpe de estado;

Para os Estudantes que estiveram com o Não e que travaram uma batalha importante pela democracia;

Também a algumas figuras políticas da oposição a Chávez como por exemplo: Manuel Rosales (candidato derrotado pelo actual presidente); Leopoldo López (presidente da câmara de Chacao); o padre Ugalde, reitor da Universidade Católica de Caracas, apelidado de fascista por Chávez; Alberto Federico Ravell, proprietário do canal Globovisión (considerado por muitos como mais do que um canal de televisão um partido político);

Por fim Ismael García, um dos pimeiros dissidentes do chavismo, líder do partido Podemos, que se recusou a dissolver o seu partido no partido de Chávez (Partido Socialista Unido de Venezuela), e que hoje é considerado um traidor pelos partidários de Chávez.

Tem a palavra estes protagonistas. As eleições presidenciais são em 2013, e é preciso ganhar os abstencionistas que foram ainda uma percentagem muito elevada.

O momento na Venezuela é de reconciliação, mas com os olhos abertos, embora um golpe de estado por parte de Chávez seja quase impossível, pois este não pode contar com todos os sectores militares o que transformaria essa possibilidade numa tragédia.

O Não ganhou o referendo na Venezuela. Esta vitória é uma vitória importante da democracia, e que deve encher de alegria todos os democratas. Fazer um referendo constitucional para se manter no poder eternamente, não é próprio de uma democracia. O Povo deu a resposta a Chávez, na sua primeira derrota desde 1998, ano em que chegou ao poder.

La victoria, que el presidente ha calificado de "pírrica", ha sido para el 'no' por un 50'7 de los votos, frente al 49,2 logrado por el 'sí'.

Esta tentativa de desvalorizar a sua derrota não lhe fica bem, porque em democracia por um voto se ganha e por um voto se perde. Estas são as regras do jogo.

Convém aqui deixar expresso que todo o processo eleitoral decorreu bem, e que a democracia e a liberdade funcionaram, desta vez contra Chávez.

O Povo a Votos

O povo está hoje a votar na Rússia para eleições legislativas, e no referendo na Venezuela sobre a reforma constitucional proposta por Chávez, que pretende reforçar os seus poderes na Presidência (reeleições sucessivas) e instaurar um Estado socialista.

Na Rússia a falta de condições para o debate democrático foi uma evidência durante o processo eleitoral, na Venezuela o povo veio para a rua demonstrando a sua oposição à estratégia de Chávez, resta saber se estas manifestações vão ter reflexo eleitoral.

Duas idas às urnas a confirmar resultados amanhã.

Venezuela

"Nada es tan peligroso como dejar permanecer largo tiempo a un mismo ciudadano en el poder. El pueblo se acostumbra a obedecerle y él se acostumbra a mandarlo; de donde se origina la usurpación y la tiranía. Un justo celo es la garantía de la libertad republicana, y nuestros ciudadanos deben temer con sobrada justicia que el mismo magistrado que los ha mandado mucho tiempo, los mande perpetuamente". Simon Boliver, discurso de Angostura em 1819.

Não basta citar Simon Boliver, é preciso entender. O presidente Chávez com a sua reforma constitucional não entende. Tenho a esperança que o povo o coloque no local certo da história e rejeite a sua reforma constitucional.

El País

No passado domingo o jornal El País editou com um conjunto de artigos sobre a liderança de Chávez na Venezuela. Este conjunto de artigos não era nada meigo para o líder venezuelano. Quando a imprensa é livre, num estado democrático o direito de opinião é um valor sagrado.

Claro que nem todos entendem este requisito fundamental para a existência da democracia, e por isso alguns se indignaram, o que também por si só é um sinal da existência própria liberdade.

É pena que alguns compatriotas dos que se indignaram com o El País, não se indignem com a falta de liberdade no seu próprio país. É pena, mas é verdade.

A indignação de alguns para com o El País levou a que utilizassem parte de um texto de Vargas Llosa. Agora o El País reclama o pagamento de direitos de autor pela sua utilização. Não fica bem esta exigência, mas quanto ao resto o minha total solidariedade pelo direito à liberdade de informação.

Iris Varela

A deputada à AN da Venezuela, Iris Varela, não brinca em serviço. Sentiu-se ofendida com o jornalista Gustavo Azocar e invadiu o estúdio de televisão onde estava no ar o programa Estado de Tachira, e agrediu-o.

Agora imaginem o que era a deputada sentada na última "Cumbre" Ibero-Americana ao lado do rei de Espanha.

O "porque não te calas" teria uma resposta em forma de mão na cara.

A cimeira Ibero-Americana continua

Do seu ponto de vista, Chávez é uma das pessoas mais "ridículas, apalhaçadas, exageradas e inconsequentes que existem no panorama político mundial" e o rei apenas lhe pediu para "ter mais maneiras".

Cimeira Ibero-Americana continua. Agora com o PP a chamar "palhaço" a Hugo Chávez. A coisa promete. Aguardam-se reacções no próximo programa de televisão de Chávez. Parece que é aos domingos. Sete horas em directo.

Chávez na televisão e na rádio sete horas seguidas

Recorde mundial para Hugo Chávez. Agora que Castro apenas escreve, Chávez tomou-lhe o lugar.