domingo, junho 24

Manuel Alegre

As afirmações de Manuel Alegre estão cada vez mais difíceis de entender. Quer seja sobre a candidatura de António Costa à CML, quer seja sobre o Grupo Parlamentar do PS (Manuel Alegre não participa nas reuniões do GP porque desde que foi candidato presidencial auto excluiu-se das reuniões).
A democracia só funciona quando as decisões tomadas estão de acordo com o pensamento de Manuel Alegre, fora deste contexto as decisões não contam.
Queria Manuel Alegre que o PS apoiasse Helena Roseta, fez bem o PS em apoiar António Costa (alguém tem dúvidas das vantagens para Lisboa?).
Queria Manuel Alegre outra política em algumas áreas de governação, faz bem o PS em não lhe dar ouvidos, porque as suas críticas não traduzem um desenvolvimento de uma alternativa concreta baseada em quanto custa e quem paga, regra que deve estar subjacente a qualquer proposta.
Manuel Alegre criou um Movimento Cívico de Cidadãos. Fez bem, a política não se esgota nos partidos, mas parece que ele está mais inclinado a fundar um. Um discurso anti partidos é um discurso que abala os alicerces da democracia. Mas convém lembrar que ninguém é dono dos votos dos cidadãos (vamos ver o resultado de Helena Roseta em Lisboa).
As candidaturas independentes são bem-vindas ao combate político, mas chamar independente a Helena Roseta, que concorre com tal, porque o seu Partido apoiou outro candidato, não é ir longe de mais?
Eu não olho para Manuel Alegre como uma alternativa ao pós-Socrates, não me parece que daí venha uma alternativa capaz de mobilizar o país e os portugueses.

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