terça-feira, novembro 11

O deputado Manuel Alegre

Começa a ser repetitivo ter que ler o deputado Manuel Alegre falar sobre os mais diversos temas. Não é nada que seja estranho, tendo em conta as companhias em que anda numa tentativa de renovar a esquerda, mas em companhia da velha esquerda, do mais velho que há em termos do pensamento da esquerda.
Agora vem a crítica à Ministra da Educação. O argumento é antigo: tem que se ouvir todos. Mas não foram todos ouvidos? Há momentos para ouvir e momentos para decidir. O problema da avaliação é simples: todos os professores a querem, mas não querem esta avaliação, mas não dizem qual querem, e ao não dizerem qual querem, assumo eu que não querem nenhuma avaliação.
Simples, mais simples não encontro. A justiça neste caso está no lado de quem quer avaliar e promover os melhores, e não de quem quer promover todos e considerar que todos são excelentes. Claro que a velha esquerda o que quer é que todos sejam promovidos com base em algo que não decorra de um processo de avaliação. Estaríamos aqui no processo de promoção automática, género de passagem administrativa. A Esquerda sempre se bateu pela justiça, e isto é um caso de justiça: quem melhor trabalha, quem é mais competente deve progredir.
Assinala Alegre: "Num país como o nosso, o que faz mudar é a formação das pessoas, a educação, a cultura, a comunicação, a produção e a divulgação científica, a inovação tecnológica e social". Estamos todos de acordo, mas o que faz com que tudo isto seja possível é a excelência, não é tratar todos como iguais, os bons e os maus.

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