segunda-feira, novembro 10

Madeira

O que se passou na Madeira, colocou, novamente, a questão da qualidade da democracia na ordem do dia.
Um deputado faz um intervenção e para reforçar o que estava a dizer, retira uma bandeira nazi e mostra-a ao plenário. Esta atitude é criticável, muito criticável, mas o que assistimos a seguir é ainda pior.
A maioria do Dr. Jardim resolve retirar a imunidade parlamentar do deputado e vai ainda mais longe proibi a sua entrada na Assembleia Legislativa da Madeira. No dia seguinte um grupo de seguranças privados impede o acesso do deputado à Assembleia, perante a passividade da PSP (apesar do ministro da Administração Interna dizer o contrário).
Perante o pedido para que Cavaco intervenha para repor a legalidade, este não faz nenhuma intervenção pública sobre o facto, preferindo usar do seu poder e falar com o representante do República na Madeira e com o Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira.
Esperava-se do PR uma intervenção pública, ele entendeu que um intervenção privada seria suficiente. Para mim uma demonstração clara e pública de que as instituições democráticas não podem ficar reféns de uma qualquer maioria, teria sido melhor. Servindo como exemplo para outras maiorias e reforçando que a qualidade da democracia também é um dever, sobretudo, dos agentes políticos. De todos, sem excepção.

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