quarta-feira, janeiro 23

Hugo Chávez e a coca

O Presidente Chávez é de outro campeonato. Agora ou cometeu uma gafe ou disse a verdade. Mas vamos por partes.
Num discurso na Assembleia Nacional, onde pediu o apoio ao Presidente da Colômbia, Evo Morales, na luta deste pela não criminalização da associação dos produtores de coca, afirmou: "A coca não é cocaína. Eu mastigo coca todos os dias pela manhã e vejam como estou". Fazendo questão de mostrar o seu corpo musculado.
Até aqui não disse nada que se possa arrepender. A mastigação da folha de coca faz parte da cultura dos índios andinos, que os acompanha do nascimento à morte, ajudando-os a enfrentar os problemas resultantes da altitude. Tira-lhe o cansaço, serve como alimento pois possui proteínas e sais minerais, sendo utilizada como remédio e também como anestésico. Muitos confundem folha de coca com o com o clorídrico de cocaína. Esta sim uma droga.
Mas Chávez foi mais longe e afirmou: "Evo manda-me a pasta de coca. Eu recomendo, recomendo". Aqui o caso muda de figura, já que a pasta de coca, não é o mesmo que folhas de coca. Na elaboração desta entram produtos químicos que potenciam o princípio activo. A pasta de coca é fumada como pedra de crack. Estamos perante uma droga.
O que Chávez fez foi considerar-se dependente de uma droga (pasta de coca) e ao mesmo tempo informou o povo venezuelano e o mundo que Evo Morales é um traficante de droga. Aqui começam os problemas para Chávez. Se era para ter graça, não teve graça nenhuma.
Mais interessante é o presente que recebe de Fidel: Os gelados Coppelia.

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