segunda-feira, julho 28

Um partido assim não merece o voto dos portugueses

Será que os portugueses se revêem no PCP? Será que se revêem na sua prática política?

  1. O PCP é um partido que não é democrático no seu funcionamento interno, nunca o foi e nunca o será. Está no seu código genético e está demonstrado ao longo dos anos;
  2. Se não fosse travado no dia 25 de Novembro de 1975, teríamos vivido em Portugal uma situação bastante complicada, quer do ponto de vista político quer do ponto de vista económico;
  3. Todos os grandes exemplos de sociedades para o PCP (Cuba, China, Coreia do Norte, etc.) são tudo menos aquilo que os portugueses desejam para Portugal;
  4. As “grandes lutas dos trabalhadores” são sempre apoiadas pelo PCP e fomentadas pela sua correia de transmissão no movimento sindical (CGTP). As “grandes lutas”, em alguns casos, estão associadas a movimentos claramente conservadores existentes na sociedade portuguesa;
  5. Aquilo que o PCP defende em Portugal, é rejeitado nos modelos de sociedade que são defendidos pelo próprio partido (direitos sociais, políticos, etc.);
  6. O modelo económico defendido anda próximo da autarcia, logo um modelo fechado sem concorrência, muito afastado do mundo globalizado existente no mundo inteiro;
  7. A defesa de sociedades, como por exemplo a chinesa, sem qualquer protecção social e muito afastada do nosso modelo social, leva-nos a pensar que o PCP ao defender um trabalho sem direitos para os trabalhadores chineses está a contribuir para o aumento do desemprego em Portugal e em outros países europeus;
  8. A defesa que tem feito de movimentos terroristas, em que as FARC são um bom exemplo, está nos antípodas daquilo que é exigível em matéria de direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, sejam eles portugueses ou de outra qualquer nacionalidade;
  9. Todos os governos, sem excepção, mas mais os do PS em particular (inimigo desde sempre), são responsáveis por políticas de direita e de atentado permanentes aos trabalhadores;
  10. Um partido que cresce sempre a par da crise económica, representando um voto de contestação, não pode ser um partido credível, porque estes apresentam propostas de governo e não meras propostas de fachada, sem consequência e acima de tudo sem sustentação (há um problema na Saúde, aumenta-se o Orçamento, há um problema no Ensino, cria-se o pleno emprego para os professores, há um problema de crescimento económico, aplica-se o modelo de autarcia, e por aí fora).

Por tudo isto, e por muito mais, continuo sem perceber, o que pode o PCP oferecer aos eleitores. Um voto de contestação deve ser empregue de uma forma útil, e não desperdiçado em partidos como o PCP.
Só em Portugal, um partido como o PCP, tem a expressão eleitoral que tem. Será que estamos perante um caso em que o desenvolvimento ainda não chegou a Portugal?

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