terça-feira, julho 1

O que está a acontecer?

Nestes dias um conjunto de classes profissionais estão ou a sair para a rua ou a ameaçar faze-lo. Todas as classes profissionais que dependem, em grande parte, para o desempenho da sua actividade profissional dos combustíveis (pescas, transportes de passageiros, transporte de mercadorias), estão descontentes com os preços que têm que pagar para continuarem a sua actividade profissional.
Esta situação não irá sofrer nenhuma alteração nos próximos tempos, e a sofrer, será no sentido de virmos todos a pagar ainda mais para nos podermos deslocar de um lado para outro, ou para deslocarmos mercadorias entre dois pontos. Não há fuga possível.
O Estado não irá subsidiar os combustíveis. Este ponto é importante. Os subsídios devem ser concedidos para projectos de inovação, e não para manter uma actividade que nada fará para inovar se vir a sua actividade subsidiada.
Ao mesmo tempo que não deve subsidiar os combustíveis, o Estado deve deixar os preços livres, ou seja, o valor a pagar terá que ser determinado entre aquilo que estamos dispostos a pagar e os preços que o mercado nos oferece.
O Estado sempre que quiser fixar preços (numa óptica de justiça social) deve dar uma contrapartida directa aos utentes dos transportes públicos (por exemplo) e nunca às empresas.
Deve igualmente, o Estado, evitar situações de monopólio que em nada favorece a livre concorrência entre as empresas, com ganhos para os consumidores (evitando os efeitos da cartelização, tão do agrado das empresas, mas que diminuem e fragilizam o processo concorrencial).
Para tempos difíceis, as soluções não podem ser fáceis. Fechar o país, seria o pior que nos podia acontecer. O processo concorrencial estimula as empresas e os empresários. A inexistência de um verdadeiro processo de concorrência faz com as que as empresas sejam incapazes de mudar e de se adaptar.

Sem comentários: