De uma forma geral têm medo da avaliação os alunos mal preparados, aqueles que se acham acima de qualquer processo de avaliação e todos os outros que entendem que processos de avaliação apenas são feitos para os prejudicar.
O momento de avaliar o desempenho de qualquer pessoa é o momento mais importante na vida de qualquer profissional. É o momento em que pode discutir com a chefia os pontos fracos e fortes, a necessidade de formação para cobrir os pontos fracos e ainda qual o seu desempenho face aos objectivos propostos. É também o momento em que se pode discordar da avaliação da chefia se a nossa auto-avaliação não coincidir a avaliação efectuada.
Qualquer modelo de avaliação pode ser objecto de critica, porque por definição não há modelos perfeitos.
Eu sempre trabalhei em empresas em que havia e há avaliação de desempenho. Claro que esta avaliação dá trabalho, pode gerar momentos de tensão entre avaliador e avaliado, mas como em tudo na vida o que conta é que é sempre possível medir e avaliar o desempenho de cada um.
A luta da Fenprof e de outras estruturas sindicais dos professores contra avaliação, está escondida na luta contra o sistema (que já vimos que não é perfeito, mas haverá sistemas perfeitos?), contra a falta de tempo (problema clássico que é sempre levantado quando se implementa um sistema de avaliação de desempenho) e ainda contra o facto de os professores não serem capazes de avaliar desempenho (parece difícil acreditar que alguém que faz avaliação de uma forma diária seja incapaz de avaliar os seus pares).
Deixemo-nos de conversa, o que as estruturas sindicais querem é que não exista nenhum sistema de avaliação, este ou outro qualquer. E isto é muito grave.
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