quinta-feira, fevereiro 14

Casino de Lisboa

Pois é, se era tudo tão claro, como parece fazer crer a Administração do Casino, porque é que o Dr. Mário Assis Ferreira, figura sempre presente, manteve contactos com Abel Pinheiro, que não fazia parte do governo, para que a posse do Pavilhão do Futuro fosse inequívoca?
A primeira conversa interceptada (que o Expresso não pode transcrever por imposição legal) entre Mário Assis Ferreira, presidente do Conselho de Administração da Estoril-Sol, e Abel Pinheiro, ex-dirigente do CDS, acusado de um crime de tráfico de influências, aconteceu a 4 de Março de 2005. Assis Ferreira diz ao interlocutor que ainda precisa que ele faça mais um favor. O empresário afirma ter combinado com o ex-ministro Telmo Correia fazer um requerimento ao Governo, no qual a Estoril-Sol considerava que o edifício era sua propriedade plena e não revertia para o Estado no final da concessão.
O então director da Inspecção-Geral dos Jogos acabou por dar um parecer positivo. Porém, Assis Ferreira queixou-se a Abel Pinheiro da complexidade do parecer, afirmando que Telmo disse a um adjunto, Nuno Pinheiro, para este entrar em contacto com Assis Ferreira para ver se convencia Joaquim Caldeira a fazer outro parecer.
Assis Ferreira afirmou, na mesma conversa com Abel Pinheiro, que Caldeira fez novo parecer por encomenda, com a mesma data e número de ofício.
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Tudo tão claro, que a mim me parece bastante escuro.

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