quarta-feira, dezembro 17

O papel do Estado

Parece-me, contudo, que esta atitude subestima a natureza sistémica da crise. É fácil dizer que o resgate de bancos e empresas conduz ao risco moral (‘moral hazard’), visto a falência ser um dos mecanismos de aprendizagem do mercado. No entanto, a globalização criou um elevado grau de interdependência, em particular ao nível dos serviços financeiros. O exemplo da Lehman Brothers é, neste aspecto, emblemático. A decisão do secretário do Tesouro norte-americano de não resgatar o banco pode servir de lição à administração do mesmo, mas acabou por ter efeitos catastróficos para outras empresas do sector financeiro. O “remédio” neo-liberal pode funcionar com empresas individuais em circunstâncias normais, mas dificilmente poderá produzir bons resultados numa crise sistémica como aquela que hoje vivemos.
Pode ler o resto do artigo de Raymond Plant no Diário Económico.

1 comentário:

PQ disse...

Em Portugal estamos ainda na fase de gestação da crise, aqui tudo chega um pouco mais tarde. 2009 será um ano difícil sobretudo para os menos qualificados e para a classe média muito endividada. Neste quadro, proteger o BP não é popular e é compreensivel que não o seja, mas dada a globalização dos mercados e da informação, creio que não havias outro caminho. Outra questão é a de saber se o governo, noutras circunstancias, não acabaria também por salvasr o basnco, sejas por 'amiguismo' seja por pendor ideológico.

PQ

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