"Está em causa uma questão de lealdade no relacionamento entre órgãos de soberania", sublinhou, deixando uma pergunta: "Por que é que a Assembleia não alterou o Estatuto, apesar de vozes dos mais variados quadrantes terem apelado para que o fizesse, considerando que as objecções do Presidente tinham toda a razão de ser?". Deixou a pergunta e deixou a resposta: "Razões meramente partidárias".Cavaco Silva não encontrou eco junto do Parlamento em relação às crÍticas que fez ao Estatuto dos Açores. Ontem fez um discurso muito duro e não tirou as devidas conclusões. Estamos perante um caso em que ninguém faz caso do que diz Cavaco Silva? Que razões partidárias poderão ser aquelas que levaram o Parlamento a votar novamente o Estatuto? Serão as mesmas razões que levam Cavaco a vetar diplomas do governo, ou serão outras? Será que temos em Belém alguém que convive mal com as diferenças de opinião e com o exercício das competências de cada órgão de soberania?
Por falar em ilhas, Cavaco Silva mostrou o mesmo nível de indignação quando um parlamentar madeirense foi impedido de exercer o seu mandato?
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