segunda-feira, setembro 22

A força da mudança

O PS com o seu comício de Guimarães abriu o novo ano político. Como salientou Marcelo Rebelo de Sousa, a escolha do slogan para este arranque não podia ser mais feliz: A força da mudança.
Descontando o facto, de que tudo o que Manuela Ferreira Leite, não faça (e ela não faz rigorosamente nada), começa a ser objecto de critica por parte de Rebelo de Sousa, o Prof. desta vez até tem razão.
O PS está no poder vai para quatro anos, mas mesmo assim, assume um projecto de mudança, não se resignando e transformando-se em alternativa a si próprio. A oposição laranja que deveria apelar à mudança, apenas pode dizer o que Aguiar Branco disse: "Em vez da força da mudança o governo fez, onde não devia, mudanças à força”.
A mudança pode, e deve, continuar a ser feita pelo PS, porque a oposição não é capaz de fazer melhor. Os projectos mais liberais, que podiam ser ensaiados pelo PPD/PSD, estão claramente comprometidos pelos recentes acontecimentos nos Estados Unidos. Para já, uma perspectiva mais liberal no domínio económico está comprometida.
Assim sendo, estamos todos à espera das ideias para o país. A estratégia de que não cabe à oposição ter ideias sobre a governação está esgotada. Os portugueses já perceberam que têm no PS a Força da Mudança, e começam a compreender que o PPD/PSD apenas se pode transformar na força bloqueadora da mudança.
Foi assim em relação aos grandes projectos de interesse nacional, de que o aeroporto é um bom exemplo, mas também a projectos mais pequenos, mas não menos importantes para as pessoas e as empresas.
Se o PS apresentar um orçamento de estado para 2009, com grande sentido de estado, rigoroso no seu conjunto, solidário com aqueles que precisam do Estado, apostando nas forças de mudança da sociedade portuguesa e continuando a respeitar o Pacto de Estabilidade e Crescimento, deixará o PPD/PSD em maus lençóis.
Pacheco Pereira terá grandes dificuldades em encontrar o antídoto contra um PS, que tirou o país de uma situação preocupante, e que mantém uma taxa de crescimento que apesar de ser baixa, ainda é a maior da zona euro.
Numa tentativa de fazer oposição terá que encontrar outros argumentos que não sendo verdadeiros, como por exemplo, o da falta de democracia ou do controle dos meios de comunicação, lhe retirará credibilidade.
Já aqui escrevi: cheira a congresso no PPD/PSD. Só ainda não sabemos o momento, mas não deve ser para muito tarde. Marcelo está inquieto, Menezes não para de falar, Santana está a começar a dar sinais de querer corporizar algum descontentamento, Passos Coelho continua a fazer o seu caminho e os homens de Durão Barroso estão atentos a todas as movimentações. Vai ser uma questão de tempo.

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