segunda-feira, setembro 29

As casinhas de Lisboa

Estou indignado, e nesta indignação não devo estar sozinho. Por muito respeito que tenha, e tenho, por algumas das pessoas envolvidas, no caso da atribuição de casas pelo município de Lisboa, não posso deixar de lamentar a forma com os dinheiros públicos são utilizados.
O sempre eterno vereador da CM Lisboa, Pedro Feist, afirmou ao Expresso, que pediu uma casa para um seu motorista que morava na Curraleira.
O Baptista Bastos tinha uma casa a cair e, como não tinha dinheiro para as obras, pediu uma casa. Casa que lhe foi atribuída, mas para quem não tinha dinheiro para obras, foi a correr comprar uma casa em Constância.
O Dr. Santana, também tinha um motorista que morava fora de Lisboa, logo o melhor era arranjar uma casa em Lisboa. Casa esta, que nunca habitou.
Li igualmente no Expresso, que um senhor pediu uma casa porque se divorciou. Agora voltou a casar, mas não entrega a casa com o argumento que se pode voltar a divorciar. Dificilmente encontraremos melhor explicação.
Uma vereadora, Ana Sara Brito, também tem uma casa atribuída pela autarquia. Parece que hoje se vem explicar aos cidadãos de Lisboa.
Milhares de cidadãos vivem em situações miseráveis, mas para alguns, basta uma cunha para terem uma casa, com uma renda baixa e uma óptima localização.

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