terça-feira, setembro 30

As casinhas de Lisboa (continuação)

Ontem Ana Sara Brito, com António Costa a seu lado, deu uma conferência de imprensa. Ficamos então a saber o seguinte:
1. As casas distribuídas sem “rei nem roque”, o mesmo é dizer sem obedecer a normas claras, não fazem parte da habitação social que a câmara constrói e onde depois realoja os munícipes carenciados;
2. Que a vereadora usufruiu de uma casa até 1987, tendo entregue as chaves quando assumiu o pelouro da habitação no mandato de Sampaio;
3. António Costa está na disposição de divulgar uma lista com todos os beneficiários de casas (apenas espera um parecer da Comissão Nacional de Protecção de Dados);
4. Sobre a existência de um futuro regulamento, António Costa, afirmou que “lá chegaremos”.

O facto das casas distribuídas não serem de habitação social, não deixam de ser património da autarquia e, por consequência, a sua atribuição deve ser regulamentada e cada casa atribuída deve ser devidamente fundamentada. Atribuir casas sem critério, dá no que deu, ou seja, servem os amigos e as cunhas.
Não sei se Sara Brito de deveria demitir, mas deveria ter solicitado um inquérito, de forma a todos compreendermos se, pelo menos, no seu caso houve critério, ou apenas amizade. Os cidadãos de Lisboa iam gostar de saber.
Este saco azul de habitação gerido de uma forma casuística não é uma coisa que nos orgulhemos, e quanto mais depressa acabarmos com ele melhor.

Sem comentários: