A Dra. Manuela elegeu as obras públicas como a prioridade da sua agenda política. A sua afirmação que o governo lançou um ambicioso programa de obras que o país, em alguns casos não precisa, e para outros não tem recursos está a causar alguma perplexidade.
Mário Lino já lhe perguntou quais os programas que o país não precisa (é sempre bom saber qual os critérios da Dra. Manuela para o investimento público). Rui Rui respondeu ao ministro afirmando que agora o PPD/PSD já conta em termos de oposição. Eu acho que não conta. Não basta dizer uma frase e depois não concretizar o que se quis dizer. Ficamos à espera de saber quais os bons e os maus investimentos nos critérios da Dra. Manuela.
O TGV não parece um mau investimento para a líder do PPD/PSD, isto porque o governo que que a Sra. fez parte aprovou o mais ambicioso investimento público em valor e calendário: uma rede de alta velocidade ferroviária (TGV) com quatro linhas para Espanha.
Curiosamente o TGV parece ser o projecto que mais opiniões desfavoráveis recebe de um painel de de 20 empresários e gestores, segundo o Diário Económico.
Não me lembro de ver nenhum dos candidatos à liderança do PPD/PSD rejeitar a construção do novo aeroporto de Lisboa. Por aqui não deve haver grandes divergências com o governo.
Mário Lino vai mais longe e sugere que a Dra. Manuela pergunte "às pessoas que vivem em Trás-os-Montes se acham que a auto-estrada de Vila Real para Bragança é um luxo" ou "aos alentejanos o que pensam da importância da auto-estrada que liga Sines a Beja" ou ainda da requalificação da Estrada Nacional (EN) 125. Claro que uma pergunta deste tipo exige uma resposta.
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