sábado, maio 12

Turquia

A Turquia tem uma população de 70,2 milhões de habitantes e 775 000 km2 de superfície. O pedido de adesão da Turquia à UE tem motivado um conjunto de críticas e de apoios.
As questões políticas são importantes e a Turquia tem feito um esforço grande para se colocar em linha com os critérios de Copenhaga, a Turquia é membro da NATO, do Conselho da Europa e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). Neste sentido os critérios políticos estão conseguidos.
A Turquia é um grande país muçulmano democrático e a UE tem que dar um sinal claro de apoio a este país apesar de ainda haver problemas por resolver nomeadamente em matéria de Direitos Humanos.
Existem ainda opositores baseados em questões religiosas, nomeadamente aqueles que fazem uma confusão entre um país mulçulmano e o islamismo político radical. Outros afirmam que a matriz cristã da Europa não se pode confundir com a existência de um país como a Turquia no seu seio, ignorando que hoje a Europa já tem cerca de 15 milhões de cidadãos europeus que são muçulmanos.
Este é um assunto apaixonante e ainda no último debate das eleições francesas entre Sarkozy e Ségolène o assunto esteve sobre a mesa. Sarkozy afirmou que a adesão é um perigo para o equilíbrio do mundo, enquanto Ségolène afirmou que não se pode fechar a porta a um grande país.
O Papa quando visitou a Turquia não pode deixar de salientar que apoiava a adesão da Turquia a UE, apesar de anos antes se ter manifestado contrário a esta adesão, e a frase deve ser encarada como se deve manter a porta aberta, apostando no diálogo entre cristãos e muçulmanos, fechando a porta aos extremistas turcos.
O Dr. Portas também não quer a Turquia na UE, afirmando que «Trata-se de um estado laico, mas só porque tem uma tutela militar. Não é propriamente o regime político ideal para ser membro da UE. E se deixar de ter tutela militar passará a ser, mais década, menos década, um estado religioso».
Não me parece que seja este o destino da Turquia se a UE mantiver um diálogo com a sociedade e o poder turco, para que a dependência do poder militar se vá diluindo, sem pôr em causa a existência de uma Turquia democrática.

Sem comentários: