Num estudo divulgado hoje numa conferência internacional organizada pela Comissão Nacional Justiça e Paz organização que funciona junto do Patriarcado de Lisboa é apresenta um dado relevante: Em "...Portugal cerca de 20% das pessoas detinham em 2005, um rendimento disponível familiar equivalente, depois das transferências sociais, abaixo dos 60% da mediana nacional".
O estudo aborda o conceito de pobreza monetária, conceito usado pelo EUROSTAT e o conceito de privação "... que tem sido entendida como a incapacidade de satisfazer um conjunto de necessidades materiais, que permitem realizar determinados aspectos básicos de bem-estar".
Para os dois conceitos são apresentados um conjunto de dados estatísticos e de conclusões.
Mas podem ler o estudo e verificar a importância do combate à pobreza e à privação na sociedade portuguesa.
Mas este estudo coloca-nos um conjunto de questões, sendo as mais importantes as seguintes:
- Como vamos acabar com as desigualdades no rendimento?
- Com que politicas podemos inverter a persistência das situações de pobreza?
- Como canalizar o sistema de protecção social tornando-os mais eficazes na correcção e prevenção da pobreza?
- Que soluções temos para os casos mais graves que são os casos da população activa mais jovem e das famílias constituídas por dois adultos e uma ou duas crianças?
- Como responder à pobreza infantil e as elevadas taxas de abandono escolar?
- Que soluções para o desemprego de longa duração e aos baixos salários associados na maior parte dos casos a baixos níveis de qualificação?
- Como criar um país mais homogéneo evitando-se zonas com uma taxa de incidência da pobreza muito elevada em relação à média nacional?
Estas perguntas exigem uma resposta da governação. Sabemos que os resultados económicos estão longe da média europeia, mas temos que ser mais activos no sentido de canalizarmos os nossos recursos de protecção social para fazer face às bolsas de pobreza que atingem dois milhões de portugueses.
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