A cimeira UE-África é um dos pontos positivos da presidência portuguesa da UE. Lisboa mais uma vez fica no centro da diplomacia mundial, o que para um país pequeno como Portugal é um sinal importante.
Mas a cimeira só pode ser um êxito se fizer eco das questões dos direitos humanos em África. Robert Mugabe é apenas um de entre muitos ditadores africanos que vão estar em Lisboa, alias não se percebe bem a posição de alguns estados europeus, e em particular da Inglaterra, relativamente a Mugabe. Há mais ditadores para além do presidente do Zimbabué.
A UE tem que alimentar a esperança de muitos africanos que lutam pelos Direitos Humanos no interior dos seus países ou fora deles.
Tem a palavra o líder dos estudantes do Zimbabué, da líder das Mulheres pela Democracia do mesmo país que se encontra exilada em Inglaterra, tem a palavra o prémio Sakarov, advogado sudanês que esteve preso 7 meses sem culpa formada e que luta pelo fim do genocídio no Darfur, tem a palavras os milhares de africanos que com o sacrifício da própria vida fogem para a Europa procurando uma vida melhor.
A todos, a Europa tem que dar voz, para que as suas vozes não sejam caladas. É isto que esperamos da UE.
Sem comentários:
Enviar um comentário