Este país está cada vez mais estranho, alguns dirão que este clima é favorecido pelo governo e pelo primeiro-ministro. Eu penso que não, mas compete ao governo por fim a este estado de coisas.
Apenas dois exemplos: senhora obrigada a regressar ao trabalho numa autarquia (funcionária da junta de freguesia de Vitorino de Piães) quando está praticamente inválida e lar de idosos encerrado (em Valongo).
Em relação ao primeiro caso, é mais um de entre muitos em que as juntas médicas realizadas pela CGA conclui que as pessoas podem voltar a trabalhar mesmo que estejam incapacitadas para tal (no caso em apreço basta observar para se concluir que esta senhora não podia trabalhar). O ministro das finanças teve que pedir à CGA para reavaliar este caso. Como afirmou esta senhora, foi preciso vir para a praça pública expor o seu caso, para que houvesse o reconhecimento da sua incapacidade. E aos médicos, ninguém vai pedir responsabilidades?
O caso de Valongo é mais do mesmo. Licenciamentos que demoram eternidades, e idosos mal tratados. O facto de existir licenciamento não impede os maus tratos, por isso as medidas de fiscalização activas devem ser permanentes.
Estes dois exemplos traduzem uma desumanidade cada vez mais presente na sociedade portuguesa e à qual tem que se pôr cobro.
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