terça-feira, agosto 12

Segurança

No espaço de pouco tempo a polícia ficou na mira de alguns. Primeiro com o assalto ao BES em Campolide e agora com o assalto a uma vacaria no concelho de Loures.
No primeiro caso dois cidadãos mantiveram sobre sequestro dois funcionários da agência bancária durante horas. Como foi visível, para além de sequestrados estavam com pistolas apontadas à cabeça. Todos vimos e todos nos sentimos reféns.
A polícia negociou durante horas com os assaltantes, mas não conseguiu nada. Eles mantinham o sequestro e aparentemente estavam cada vez mais ameaçadores para as vítimas. A polícia foi ocupando posições e no momento certo agiu. Um dos assaltantes foi morto e o outro ficou ferido.
Para alguns esta acção policial foi desajustada e até criminosa, para muitos a acção foi correcta e evitou que inocentes fossem sacrificados. Eu estou com esta larga maioria. O Estado e as forças policiais têm o dever de cumprir a lei e de garantir a segurança dos cidadãos. Eu hoje sinto-me mais seguro, ao mesmo tempo que aqueles que se situam à margem da lei se sentem mais inseguros. Esta é uma vitória do primado da Liberdade sobre a criminalidade. Não há Liberdade sem segurança e esta deve estar ao serviço dos cidadãos.
No seguimento de uma tentativa de assalto a uma vacaria no Concelho de Loures a GNR matou uma criança que participava no assalto. Nestas circunstâncias, é preciso apurar o que se passou, o que está a ser feito pela GNR que resolveu abrir um inquérito.
Entre um caso e outro há algumas diferenças. Não faz sentido misturar tudo no mesmo saco.
O primeiro caso não exige nenhum inquérito à actividade da polícia, o segundo deve ser alvo de uma investigação de forma a podermos concluir se o uso da força foi proporcional aos acontecimentos registados.
Estes dois assuntos não têm nada a ver com a origem dos assaltantes, têm a ver com o Estado de Direito. E este não pode ser posto em causa por ninguém.

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