segunda-feira, outubro 15

Congresso do PSD

Reconheço que acompanhei a espaços o Congresso do PSD. O mais importante, já tinha acontecido uma semana antes com a eleição de Menezes como líder do partido.
Transitaram para congresso algumas questões de natureza interna, como por exemplo quem acompanhava Menezes na sua liderança e ainda os discursos do novo líder para podermos constatar o seu posicionamento político e ideológico.
Uma das primeiras questões relacionava-se com o papel de Santana Lopes na nova liderança. Santana Lopes condicionou desde o início Menezes com a sua disponibilidade para a liderança parlamentar, apesar do esforço de Ângelo Correia no sentido de condicionar a escolha, ela acabou por aterrar no regaço de Pedro Santana Lopes.
Para além do líder eleito, Santana Lopes foi de facto a figura do congresso mesmo não falando, ou seja, pediu a Pacheco Pereira e a Marcelo para irem ao congresso e falarem, e logo ele ficou calado. Consequência do acordo "institucional" com Menezes? Uma coisa parece evidente, Menezes vai ter que partilhar o palco com Santana. Até quando é a dúvida.
Depois de Santana, houve o pedido público para que Ferreira Leite continuasse com Presidente da Mesa do Congresso. Pedido que recusou. Avançou Ângelo Correia.
Menezes numa tentativa de colar os cacos que resultaram das directas pescou em todo o universo do PSD para fazer uma equipa para a Comissão Política Nacional. Na sua rede não veio nenhuma renovação de pessoas, e veio mesmo alguma contradição, como é o caso de Zita Seabra que vai passar a defender o contrário do que defendia com Marques Mendes.
Para o ano logo se vê se vai à festa do PSD/Madeira, como foi Marques Mendes este ano, com os resultados que são conhecidos.
O que disse Menezes no seu discurso de encerramento do congresso?
Menos Estado e parcerias entre o sector público e o privado, de forma a reduzir o papel do Estado, não diz o que faz aos funcionários públicos excedentes desta revolução.
Leis laborais mais flexíveis, mas sem tocar na protecção os trabalhadores, flexisegurança pois estão, mas o que temos andado a fazer nos últimos tempos?
Mais segurança interna, para tentar não dar o flanco completamente a Portas que se deixou de feiras e mercados para se concentrar nas questões relativas à segurança.
Alteração da constituição é um dos slogans, não se percebe é para quê, embora se vá propor o fim do Tribunal Constitucional.
Regionalização, como bandeira contra a veia centralizadora do governo.
Identifiquei cinco bandeiras, mas sem nenhuma consequência. Vamos esperar para ver onde nos leva Menezes com o seu novo PSD.